sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Das mudanças que acontecem

Há algum tempo andava insatisfeita com a escola do Arthur. Os motivos eram vários - desde a refeição servida (que era na maioria das vezes industrializados) até o cuidado com ele mesmo, que estava chegando toda semana com marcas de mordidas. Eu entendo a praticidade dos industrializados, mas não respeito seu uso diário e ostensivo, ainda mais para crianças tão pequenas e em formação de alimentação, nutrição, gostos e etc. Entendo também que crianças brigam e disputam, mas toda semana é um pouco demais em uma sala de no máximo 8 crianças, que deveriam ter 2 pessoas em sala de aula. Para piorar, quem mordia ele era sempre o mesmo, ou seja, casos demais de reincidência.

Somado a isso, Arthur mudou de sala (evoluiu e tal) e eu só fiquei sabendo porque a professora nova postou no Facebook. A comunicação entre escola e pais era sempre precária e isso me incomodava. A tal ponto de a escola ter problemas com o telefone e nenhuma pessoa ser comunicada e você tentava telefonar para lá e não conseguia nunca por semanas seguidas.

No meio disso tudo veio a rematrícula e então pela primeira vez pensei em de fato mudá-lo de escola. Ele está em uma fase em que fala muito dos amigos da escola, embora só conviva com eles na própria escola, mas achei que podia ser uma coisa se considerar. Além da rematrícula, veio o aviso de aumento de 12% da mensalidade de 2014 - valor que achei ser alto demais em comparação com a inflação acumulada no ano e, principalmente, para o que estavam me oferecendo de serviços.

Por último, e como cereja desse bolo mal ajambrado, Arthur me relatou meio que na brincadeira que a babá tinha o chamado de feio. Como sempre, em uma simulação do real em sua brincadeira, Arthur disse que o fantoche o tinha mordido, jogou o boneco longe e o chamou de feio. E me chamou muito a atenção dele chamar o boneco de feio, já que não chamamos a atenção dele desta maneira. Para mim, morder é feio, mas o Arthur não é feio. Não é menosprezando meu filho que vou ensiná-lo algo, então prontamente perguntei quem tinha chamado ele de feio. E ele, sem a maldade que ainda não lhe cabe aos 2 anos e meio, me disse o nome da babá.

Insatisfeita, procurei as mães dos colegas de sala dele e questionei quem iria manter os filhos na escola e, para minha non-grata surpresa, muita gente estava pensando em tirar os filhos de lá. Depois dessa, se eu tinha uma pulga atrás da orelha virou um pulgueiro inteiro e resolvi partir para a busca de outra escola.

Depois de pesquisar escolas que se enquadravam no que eu queria para ele neste momento, fui visitar duas escolas (e se tivesse tido tempo teria ido visitar mais uma, mas anda muito puxado) e acabei optando por uma delas.

Hoje, fui efetivar a matrícula, e levei ele junto para conhecer a escola.Eu já tinha contado que ele ia mudar de escola, mas eu não sei o que ele entende por isso. Só sei que chegou a me perguntar se era a escola rosa (o que eu acho que é uma alusão a escola que abriu recentemente na frente da casa da minha mãe, mas que tem uma mensalidade muito alta para meu bolso) e eu contei que não, que era uma escola amarela. Ele chegou a dizer que não queria, por isso, fiz questão de levá-lo hoje comigo.

E então ele já chegou na escola nova perguntando se "é aqui?". Depois, entrou e logo viu os peixes e se encantou. Depois, começou a rodar por perto e explorar a escola nova. Em pouco tempo, descobriu que nos fundos estava um parquinho e um tanque de areia colorida. Em questão de minutos entrou em uma sala com as crianças menores porque eles estavam explorando luzinhas. Eu deixei ele lá e fui fazer a matrícula na secretaria. Quando voltei a turma tinha ido para a quadra e quando cheguei lá meu filho corria e brincava com as crianças como se já fizesse parte. Difícil mesmo foi convencê-lo a sair de lá, mas depois de explorar mais, ele acabou aceitando meu convite para irmos embora. Me deu a mão e saímos.

Alguém duvida que ele gostou?
Mas quando subi na quadra e dei com meu filho lá, brincando, senti que fiz e escolha certa para ele e me emocionei. Fiquei realmente feliz pela escolha e certa de que meu filho vai ser muito bem amado e querido naquela escola (como era na outra, não posso negar que apesar do tal feio aí, ele sempre foi super adorado pelas professoras). Tiver certeza que ele vai gostar dali e se sentir seguro para aprender e viver algum tempo de sua infância.

Depois, quando chegou na casa da avó, e ela perguntou se ele tinha gostado da escola nova, para completar, ele disse que sim de uma forma tão espontânea que deixou meu coração tranquilo e sem dúvida nenhuma de que fiz uma boa escolha.

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